quinta-feira, 16 de maio de 2013

8 conselhos para montar o guarda-roupa da grávida

Fique linda e confortável sem precisar comprar muitas peças

O jeans não cabe mais e metade do seu guarda-roupa está passando por uma licença forçada. Sua barriga está linda e redondíssima, o sutiã aumentou dois números e o quadril alargou, mas isso não é desculpa para adotar camisetas velhas e macacões largos. Ao contrário: em nenhuma outra fase da vida essas formas arredondadas vão parecer tão bonitas quanto agora. A regra da grávida elegante é valorizar os novos contornos, sem abrir mão do conforto. Reunimos conselhos fashion, montamos looks especiais e entrevistamos uma especialista para você ficar maravilhosa.



8 conselhos para montar um guarda-roupa lindo e confortável

1. Minha amiga, a malha Durante os meses da gravidez e do pós-parto, a malha será sua melhor amiga. Os tecidos que esticam sem esgarçar acompanham a evolução do seu corpo sem apertar ou perder o caimento.



Outra vantagem: elas e podem ser usadas quando a barriga tiver desaparecido. Prefira as blusas, saias, vestidos e calças de malha de algodão, mais molinhas e macias.

2. Decotes e mais decotes Nove entre dez grávidas ficam felizes da vida com o aumento do recheio do sutiã. Armada com um bom modelo para garantir a sustentação dos seios, abuse das blusas e batas com decotes no colo e nos ombros. Tops que exibem a barriga são liberados se você se sente à vontade com a exposição e combinam especialmente com as mães mais jovens, mas devem ser reservados para ocasiões bem casuais, e nunca para ir ao trabalho.



3. Cintura baixa, o retorno
Com a circunferência aumentando a cada semana, é difícil conseguir uma calça que sirva por muito tempo. Os melhores modelos são aqueles com a cintura mais baixa, de preferência com elástico, cordão ou ribana, que acompanham o crescimento. Você também pode mandar as peças para a costureira trocar o cós tradicional por um modelo que estique.

4. Leve e solta Vestido tipo trapézio, recorte abaixo dos seios, vestido-camisa, túnicas, batas folgadas, blusas cachecoeur: todos esses modelinhos retrôs, que faziam o maior sucesso com a sua mãe nos anos 60 e 70 são superconfortáveis e vão deixar você estilosa. Que tal uma visitinha a brechós bacanas? Você pode achar peças legais bem mais em conta

5. Cor sim, estampa não
Roupas de cores lisas e discretas com pequenos detalhes caem melhor. Isso porque estampas aumentam ainda mais a impressão do tamanho e, conforme a barriga for aumentando, pode criar um visual engraçado com desenhos mais esticados aqui e ali. .



6. Acessórios são tudo A não ser que você possa comprar uma coleção de roupas só para esses nove meses, é bem provável que fique com poucas peças para bater no dia-a-dia. Então, o jeito é saber como disfarçar as repetições.

Para dar cara nova a elas, use e abuse dos acessórios, como lenços, mantas, xales, casaquinhos tipo bolero, bijuterias bacanas, cachecóis.... Se as roupas são básicas, eles podem ser multicoloridos.

7. Sapatos, só baixos
Como os pés incham, pode acontecer do seu número de sapato aumentar. Fique esperta e faça compras justamente quando os pés estiverem inchados assim, você garante que o modelo vai ser confortável a qualquer hora. Tanto as sandálias altas quanto as rasteiras não são recomendadas: melhor um salto de quatro centímetros, para facilitar a circulação.

8. Invista no básico Pegar roupa emprestada da prima que já teve filhos? Usar agasalhos velhos? Mandar alargar suas roupas? Nada disso. Ok, você só vai usar a roupa por alguns meses. Mas por isso mesmo vale a pena investir em pelo menos três peças bacanas e bem feitas, com modelagem especial para grávidas e tecidos confortáveis, que resistam a muitas lavagens. Faça a lista: um sutiã reforçado, uma calça preta e um vestido evasé.

Doenças na gravidez - conheça quais oferecem mais riscos


 

Contrair uma doença em qualquer fase da vida requer cuidados especiais com o paciente. Se a doença for identificada na gravidez, os cuidados devem ser redobrados. Embora seja necessário estar atento a qualquer tipo de sintoma que a mulher possa apresentar durante os nove meses de gestação, determinadas doenças na gravidez exigem uma atenção ainda maior.
A rubéola, o sarampo, as hepatites B e C, assim como a pneumonia, a sífilis e a toxoplasmose são algumas doenças na gravidez que merecem mais atenção. "Algumas destas doenças exigem um cuidado redobrado pelo fato de provocarem sequelas sérias e, em alguns casos, irreversíveis para a mãe e principalmente para o feto, podendo até provocar a morte do mesmo", alerta Dr. Marco Aurélio Galletta, médico assistente da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da FMUSP - responsável pelo setor de Gravidez na Adolescência.

De acordo com ele, cada uma das doenças relacionadas acima tem um tratamento específico. Os riscos dessas doenças na gravidez para o bebê vão depender de quando a mãe contraiu a infecção. De modo geral, existem alguns procedimentos básicos que ajudam a preveni-las ou tratá-las a tempo se seguidos corretamente.
O primeiro procedimento a seguir é, assim que a mulher souber da gravidez, consultar um médico e fazer o acompanhamento até o 9º mês. O segundo é realizar o pré-natal, que além de prevenir determinadas doenças na gravidez e anomalias, ajuda a diminuir as taxas de mortalidade infantil e materna.
Além disso, algumas medidas médicas e não médicas devem ser realizadas em qualquer pré-natal de forma rotineira, independente do grau de risco materno.
Para Galletta, dentre tais medidas os exames laboratoriais são extremamente importantes para identificar doenças na gravidez, como as sorologias (exames de sangue para diagnosticar doenças infecciosas). Os exames visam a diagnosticar a presença de certas infecções virais, bacterianas ou protozoárias, além de quantificar o tipo de resposta imunológica, como a produção de anticorpos específicos, que é feita no corpo da mulher para controlar essas infecções. "No campo da obstetrícia estes exames assumem uma grande importância, porque revelam se a mãe está com algum tipo de infecção que possa atingir o bebê e comprometer seu desenvolvimento".
Na maioria dos casos, a gestante só irá contrair as infecções que não tenha tido antes da gravidez. "Por isso, indica-se a vacinação para a hepatite B e a rubéola antes mesmo dela engravidar. É indicado também que faça alguns exames de sangue (até então, chamados de exames pré-nupciais), para checar quais enfermidades já foram ou não contraídas, entre elas a sífilis, as hepatites B e C, entre outras", orienta Galletta.

Vale citar também o HIV (vírus da imunodeficiência humana), que merece uma atenção em especial. Se a infecção na mãe não for detectada a tempo, pode ser transmitida para a criança pela placenta. "É bom lembrar e conscientizar as mulheres que hoje em dia já existem tratamentos altamente eficientes para combater a transmissão do vírus para o feto, podendo ser administrados durante a gravidez", complementa Dr. Galletta.
Doenças na gravidez: sintomas, como preveni-las ou tratá-las:
  • Rubéola

     
    Para prevenir ou detectar a doença, toda mulher antes de engravidar deve fazer o exame e tomar a vacina com no mínimo três meses de antecedência. Embora a doença seja considerada de baixa gravidade, durante a gravidez torna-se de alto risco para o bebê. A infecção é muito grave nos três primeiros meses, quando a possibilidade de acometimento fetal é muito maior, podendo levar à cegueira, malformações cardíacas, surdez, catarata congênita e microcefalia (diminuição da cabeça), entre outras.
Tratamento: durante a gravidez, pouco se tem a fazer, além de constatar a presença ou não de malformação fetal.
  • Sarampo

     
    A indisposição que antecede a doença tem duração de três a cinco dias e caracteriza-se por febre alta, mal estar, coriza, conjuntivite, tosse, falta de apetite, além de pintas na pele. Geralmente a doença é mais grave no adulto e em especial na grávida. Isso porque costuma ter uma evolução pulmonar crônica.
Tratamento: apenas de suporte, nada de específico.
  • Hepatite B

     
    Pode ser contraída por meio de relação sexual, transfusão de sangue e uso de agulhas não esterilizadas. A presença do vírus da hepatite B em circulação no corpo da mulher representa risco de 50% de transmissão para a criança.
Tratamento: não há nada de prático que possa ser feito durante o pré-natal, mas o fato do pediatra estar ciente do problema materno melhora a abordagem inicial da criança no berçário, podendo ser providenciado o tratamento precoce do recém-nascido, com ótimos resultados. A criança deverá ser vacinada o quanto antes, podendo receber também a chamada imunoglobulina, para diminuir a chance de passagem do vírus. Com tais procedimentos, a amamentação pode ser liberada.
  • Hepatite C

     
    A hepatite C costuma evoluir para a hepatite crônica e cirrose, muito mais que a hepatite B, e também pode passar para o recém-nascido.
Tratamento: não há nada de prático que se possa fazer durante a gravidez e não há vacina disponível para a criança no pós-parto. A amamentação é contraindicada, na maioria das vezes.
  • Sífilis

     
    A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que passa facilmente para o feto, levando a graves consequências, podendo se transformar num quadro de infecção crônica de difícil tratamento. Entre as consequências, aborto, óbito fetal intrauterino e após o nascimento, alteração cutânea (bolhas e vesículas na pele e mucosas, como boca), lesões ósseas e articulares, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço), linfadenomegalia (aumento dos gânglios, surgindo ínguas pelo corpo), surdez e anomalias dentárias.
Tratamento: na mulher adulta, é fácil. Bastam algumas doses de Penicilina (Benzetacil); o problema é o tratamento em crianças, por isso é melhor tratar corretamente a mãe para não precisar tratar a criança, até porque muitas vezes o tratamento não atinge o resultado esperado.
  • Toxoplasmose

     
    Surge geralmente como uma febre acompanhada por aumento dos nódulos linfáticos (as ínguas). Quando a mulher desenvolve a doença na gravidez poderá transmiti-la para o feto, ocasionando lesões cerebrais como hidrocefalia, calcificações intracranianas e retardo mental, além das lesões oftalmológicas, que vão desde as pequenas alterações até a cegueira completa. Caso a mulher já tenha contraído a doença antes da gravidez, ela não corre o risco de desenvolvê-la novamente. Caso contrário, ela pode vir a tê-la durante a gestação. Uma das formas de evitá-la é mudar os hábitos alimentares e higiênicos, como não comer carne malpassada e ovo cru ou frito, ingerindo somente frutas e verduras bem lavadas. Outra orientação é evitar o contato com cachorros ou gatos. Seguindo corretamente essas orientações médicas, diminui a chance do acometimento fetal.
Tratamento: uma vez sendo diagnosticada a infecção na mãe, há medicações para evitar a passagem do protozoário para a criança. Se esta for infectada, o tratamento não será efetivo.
  • Pneumonia

     
    É uma das doenças classificadas como mais perigosas para a mãe do que para a criança. O motivo deve-se ao fato de estar relacionada à maior suscetibilidade que a mãe tem de desenvolver uma pneumonia, a partir de uma infecção gripal simples. É mais fácil de pegar, mais difícil de tratar, além de causar mais complicações.
Tratamento: será específico para cada tipo de infecção pulmonar, geralmente com antibióticos. O mais importante é evitar a gripe, para evitar que maiores complicações possam vir a ocorrer futuramente. Por isso, indica-se a vacinação contra a gripe, no inverno, mesmo durante a gravidez.

Candidíase na Gravidez

A candidíase na gravidez é uma situação bastante comum entre as grávidas pois durante este período, os níveis de estrogênio ficam mais elevados e isto favorece a proliferação da Candida Albicans que habita naturalmente a região íntima da mulher.

Sintomas da candidíase na gravidez

Os sintomas da candidíase na gravidez são os mesmos que fora dela. São eles:
  • Corrimento branco, tipo leite talhado; 
  • Coceira na vagina;
  • Ardor ou dor ao urinar;
  • Dor nas relações;
  • A região pode ficar inchada e avermelhada.
​Em algumas mulheres a candidíase pode ser assintomática, isto é, não gerar nenhum sintoma.


​​Diagnóstico de candidíase na gravidez

Os diagnóstico da candidíase na gravidez pode ser feito através da obervação dos seus sintomas ou através do papanicolau, realizado durante o pré natal pois os sintomas nem sempre são percebidos pela mulher.

Tratamento para candidíase na gravidez

O tratamento para candidíase na gravidez pode ser feito com o uso de creme vaginais ou pomadas antifúngicas receitadas pelo médico. Geralmente a candidíase que não gera sintomas não precisa ser tratada, mas isto vai depender da opinião do médico.
Para complementar o tratamento aconselha-se:
  • Evitar alimentos doces ou ricos em carboidratos;
  • Sempre usar calcinhas de algodão;
  • Evitar usar calças muito justas;
  • Só lavar a região íntima com água e sabonete próprio ou chá de camomila;
  • Preferir papel higiênico branco e sem cheiro;
  • Evitar os protetores de calcinha perfumados.
Um ótimo remédio caseiro contra candidíase que pode ser utilizado durante a gravidez é introduzir iogurte natural na vagina e deixá-lo atuar por cerca de 3 horas e lavar-se a seguir. Repetir o procedimento 2 vezes ao dia, por 3 dias consecutivos.

Candidíase na gravidez prejudica o bebê?

A candidíase na gravidez não prejudica o bebê, mas se o bebê nascer de parto normal e se neste dia a mulher estiver com candidíase, o bebê poderá ser contaminado e apresentar candidíase nos seus primeiros dias de vida.
Se o bebê for contaminado, ele poderá apresentar placas esbranquiçadas dentro da boca, a candidíase oral, popularmente chamada de "sapinho" e ao mamar, ele poderá transmitir o fungo novamente para a mãe e esta irá apresentar um quadro de candidíase mamária que pode vir a dificultar a amamentação.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Álcool durante a gestação

Bebida e gestação: uma combinação nada boa

O uso do álcool durante a gestação pode ser muito perigoso para a mamãe. Não existe uma dose limite pré-estabelecida para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê.
O álcool é uma substância com livre passagem pela placenta e, portanto, livre passagem para o feto. O fígado do bebê que está em formação metaboliza o álcool duas vezes mais lentamente que o fígado da sua mãe, isto é, o álcool permanece por mais tempo no organismo do bebê do que da sua mamãe. Viu o perigo?
O aborto espontâneo e o trabalho de parto prematuro, assim como outras complicações da gravidez, também estão relacionados com o uso do álcool, mesmo em quantidades menores. O risco de aborto espontâneo quase dobra quando a gestante consome álcool.
Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar desde gestos desajeitados até problemas de comportamento, falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental, dependendo da fase da gravidez e também da quantidade de álcool ingerido.

A Organização Mundial da Saúde estima que a cada ano 12 mil bebês no mundo nascem com a Síndrome Fetal do Álcool ou Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF) ou 2,2 de cada mil nascimentos vivos.

Síndrome do Álcool - A SAF é a conseqüência no feto do consumo de álcool durante a gravidez e é irreversível. Caracteriza-se por retardo no crescimento intra-uterino, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, distúrbios do comportamento (irritabilidade e hiperatividade durante a infância), diminuição do tamanho do crânio (microcefalia), malformações da face como nariz curto, lábio superior fino e mandíbula pequena, pés tortos, malformações cardíacas, maior sensibilidade a infecções e maior taxa de mortalidade neonatal.
Por vezes, o bebê ao nascer não apresenta algum defeito físico, mas alguns sintomas podem não serem óbvios até que o bebê complete entre 3 e 4 anos.

Alteração no peso - O peso de um bebê que foi exposto ao álcool é normalmente inferior ao dos bebês de mães que não beberam durante a gravidez. O peso ao nascimento de bebês afetados pelo álcool é de aproximadamente 2 quilos e dos bebês saudáveis é de 3,5 quilos.
Conforme a criança cresce, outros prejuízos começam a aparecer, entre os quais a memória fraca, falta de concentração, raciocínio fraco e incapacidade de aprender com a experiência.
A exposição do feto, seja em que época da gravidez, ao álcool não tem como conseqüência necessariamente a SAF. Como já foi falado, não se conhecem níveis seguros de consumo de álcool durante a gravidez.
Na maioria dos recém-nascidos prejudicados pela ação do álcool antes do nascimento não ocorre anomalias faciais e a deficiência do crescimento que identificam a SAF. Mesmo assim, todos os pequenos que são expostos ao uso de álcool portam danos cerebrais e outros comprometimentos tão significativos quanto os que ocorrem nos portadores da SAF.
Nem todas as mães que bebem terão bebês com algumas seqüelas. Qualquer quantidade de álcool é um risco, mas qualquer abuso exagerado do álcool é prejudicial para o feto, principalmente durante os primeiros três meses.

Dicas
- O álcool deve ser evitado durante a gestação e durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
- Como o álcool passa rapidamente para o sangue, o drinque da mamãe já atua sobre o bebê após 10 minutos.
- A extensão do dano causado pelo álcool no feto está relacionada com a duração e quantidade da ingestão de álcool.

Alimentação equilibrada na gravidez

Dieta equilibrada garante vida saudável à gestante e ao bebê

Com a gravidez em evidência, aumentam dicas de alimentação, mas alguns cuidados são fundamentais para garantir a saúde do bebê.
Em uma época em que a gravidez parece ter virado moda no mundo dos famosos, as preocupações das futuras mamães, principalmente as de primeira viagem, sobre os riscos desse período tão especial vêm à tona. Qual a importância, tanto para a mãe quanto para o bebê, de uma alimentação de qualidade? O que consumir para que todas as necessidades alimentares sejam atendidas? Quais são as quantidades adequadas? Quais alimentos devem ser evitados?
Constantemente diversos mitos relacionados a alimentação durante a gravidez são abordados na mídia, porém é preciso cautela para escolher a dieta correta e não prejudicar o desenvolvimento do feto. Segundo Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), uma boa alimentação durante a gestação previne a mãe de patologias que podem aparecer a longo prazo. “Cientificamente sabe-se que muitas doenças crônico-degenerativas se iniciam no interior do útero. Existe um termo médico chamado programming que mostra evidências clinicas da desnutrição ou da super-alimentação durante o período gestacional, gerando doenças no adulto”, afirma.
O consumo de calorias, vitaminas e minerais deve ser maior entre as mulheres grávidas. Para que o peso não ultrapasse a normalidade, o acréscimo de energia deve ser de apenas 300 Kcal diárias (na média), o que corresponde a dois copos de leite desnatado. "Durante a gestação é preciso encontrar um equilíbrio. Alimentos que são fontes de açúcar, bem como óleos e gorduras, devem ser ingeridos moderadamente. O excesso de sal e de alimentos indigestos como pepino, pimentão, melancia, pimenta, entre outros, devem se evitados. Café e bebidas alcoólicas também não devem ser consumidos", ressalta o médico nutrólogo.
Para que esse aumento de calorias seja atingido, a gestante deve fazer de seis a oito refeições por dia, dando preferência ao consumo de frutas, legumes e verduras, de acordo com o presidente da ABRAN. Um jejum prolongado favorece a formação de corpos cetônicos, as substâncias químicas produzidas pela decomposição das gorduras, quando constituem o único substrato energético da gestante e que pode causar efeitos deletérios para o feto.
No período de formação do bebê, o corpo da mãe utiliza uma parte de líquidos e energia oriundos da alimentação que ajudam no crescimento e na manutenção dos artifícios que protegem o feto, como a placenta e o líquido amniótico. A outra parte da energia fica retida em forma de gordura, localizando-se no abdômen, costas e coxas, sendo utilizada no decorrer da gravidez e do aleitamento.  Porém, caso haja um exagero no consumo de calorias, a energia ficará armazenada como gordura localizada.
"A gestante não deve nem pensar em perder peso por estar insatisfeita com os quilinhos a mais, já que as deficiências nutricionais podem interferir na formação e no crescimento do bebê. Todas as vitaminas são importantes no período em que o feto está em desenvolvimento. O ácido fólico, o ferro e o cálcio, por exemplo, são elementos fundamentais para que a gravidez ocorra normalmente”, conclui Dr. Ribas

Estrias na gravidez: como vencer essa guerra

Chega a época da gravidez e eis que surgem vilões para atormentar a vida da mamãe: as estrias. São temidas pela grande maioria das futuras mamães e se instalam principalmente na região abdominal e dos seios.
O bom é saber que tem como reduzir ou até prevenir o aparecimento das estrias, desde que haja cuidados na pele antes, durante e depois da gestação.
As estrias, explica a fisioterapeuta Renata Silvestrin, são cicatrizes ocasionadas pelo rompimento das fibras elásticas e de colágeno geradas por estiramento excessivo ou rápido da pele e por mudanças hormonais que acontecem durante a gravidez.
Mulheres que tem mães ou avós com estrias ou que tiveram durante a gravidez estão mais propensas ao aparecimento dessas pequenas cicatrizes.
O estiramento excessivo ou rápido da pele pode ocorrer durante a gravidez com um grande aumento de peso e esse é o motivo principal do aparecimento das estrias, principalmente aliado com o fator hereditário.
"Com o rompimento das fibras, o sangue inunda a região, formando uma pequena cicatriz avermelhada e com o passar do tempo se tornam mais claras e mais difíceis de serem tratadas", conta Renata Silvestrin.

Cuide bem da pele e controle o peso - A pele tem que estar hidratada para que as fibras de colágeno e elastina agüentem a pressão que o crescimento da pele faz durante a gravidez, principalmente na região da barriga e seios. Produtos que contenham em sua fórmula uréia (máximo 3%), lactato de amônia, colágeno, elastina, vitamina E e óleos vegetais são recomendados antes da gravidez e durante a gravidez.
Mulheres com predisposição ao aparecimento das estrias podem diminuir o rompimento das fibras, mas dificilmente irá evitá-las totalmente. As que não têm esse histórico podem até se privar da convivência com essas cicatrizes.
Durante a gravidez, o ideal é engordar somente o recomendado, isto é, até 12 quilos durante os nove meses para evitar o excessivo estiramento da pele. O uso dos hidrantes deve continuar ou ser começado assim que souber da gravidez pelo menos duas vezes por dia, de manhã e à noite.
Cuidado ao utilizar o hidrante nos seios: a região dos mamilos deve ser evitada, pois estão se preparando para a amamentação e o uso do hidratante pode deixá-los com a pele mais fina e sensível podendo ser causa das rachaduras durante a sucção do bebê quando nascer.
"Nutrindo e hidratando a pele antes e depois da gravidez e não engordando demais durante a gestação são atitudes essenciais para alguns tratamentos em clínicas estéticas e dermatológicas pós-gravidez e até pós-amamentação que podem melhorar e muito o aspecto das estrias que aparecerem durante o período da gestação", informa a fisioterapeuta.
Os tratamentos devem ser indicados por profissionais especializados e a maior parte deles só poderá ser realizado após o período de amamentação. O objetivo é estimular a produção de novas fibras de colágeno e elastina na região das estrias deixando-as mais finas e menos aparentes.

Escolha boas roupas - As roupas íntimas devem ser confortáveis, ajudando na prevenção das estrias. Os sutiãs devem ser reforçados, suportando o crescimento e o peso que aumentam significativamente durante a gestação.
Dicas

Mesmo para passar na sua pele um hidratante que já conhece e já usou, a mamãe deve procurar o seu médico para saber se há alguma substância na sua fórmula que possa prejudicar o desenvolvimento da gravidez.
Não há milagre, não há cura. O bom é prevenir. Os tratamentos têm o objetivo de amenizar as cicatrizes.
Engordar demais durante a gravidez é prejudicial para a saúde da mulher, do bebê e para a aparência estética da mamãe, como o aparecimento das estrias.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tirando Duvidas


Durante a menstruação não existe o risco de engravidar?

Apesar de existir muito menos probabilidade da mulher ficar grávida durante o período da menstruação, isso não é de todo impossível de acontecer. Normalmente e num ciclo normal e regular, a mulher ovula duas semanas antes do período. No entanto, o óvulo pode permanecer alguns dias no útero ou na trompa de Falópio. Com isto, a ovulação pode ser afectada ou não acontecer. A mulher pode ovular-se mais perto do período e após o óvulo ser fertilizado, este consegue sobreviver.

É possível adivinhar qual o sexo do bebé?

Há quem diga que a barriga estar mais em bico ou mais redonda determina o sexo do bebé. Outros dizem que é o facto da barriga estar mais ou menos descaída; ou ainda a grávida estar com mais ou menos azia… e entre tantas outras dicas e suposições! Apesar de existirem dezenas de especulações sobre isto, nada está comprovado cientificamente. Uma coisa é certa, não fica assim tão difícil de acertar, já que só existem duas hipóteses: ou é menina ou é menino!
Uma curiosidade: num estudo feito com 64 mulheres, chegou-se à conclusão que as mulheres que tiveram mais azia, tiveram bebés com mais cabelo…

Bebé rapaz, menino, criança

Para ter um menino, o ideal é acontecerem relações sexuais a meio do ciclo

Apesar de alguns estudos revelarem que o sexo do bebé possa estar relacionado com a altura do mês em que o óvulo é fertilizado e que predominou o sexo masculino em concepções feitas perto da ovulação, investigações mais aprofundadas concluíram que os resultados são muito díspares, concluindo que afinal não existe uma relação directa entre a altura do mês e o sexo do recém-nascido.

Andar de avião é prejudicial para o bebé?

Estudos revelam que até às 36 semanas de gestação as grávidas podem andar de avião, não existindo qualquer risco para o feto. Apesar de alguns especialistas defenderem que existe um maior risco para as grávidas de sofrerem tromboses venosas ou flebites quando andam de avião, a realidade é que qualquer outra pessoa corre o mesmo risco.

Gémeos aparecem geração sim, geração não

Apesar de existirem famílias onde aparecem mais frequentemente gémeos, não existe qualquer relação entre as gerações e a frequência de aparecerem gémeos numa determinada geração. Além do mais, um óvulo fertilizado ser dividido em dois acontece por mero acaso e ainda não é conhecido pela parte científica qual o gene responsável por tal acontecimento.

O maior bebê do mundo



O maior bebê do mundo

A singularidade não se resume só ao tamanho do menino. Veja bem a fotografia abaixo e note que o bebezão está no colo de papai, certo? Errado, esta é sua mãe que segura Karan Singh, de dez meses, que pesa 22 quilos e já mede quase um metro, um verdadeiro bebê gigante.

Karan é o terror da creche que frequenta, quando ele chega todos os outros bebes fogem apavorados com medo de seu tamanho. Mas com o tempo já começam a se acostumar com o pequeno gigante.

O menino tem a quem puxar, já que sua mãe, à que vemos na foto junto a uma amiga, mede 2,18 m, e é uma das mulheres mas altas da Ásia. Ademais, o bebezão dá um prejuízo danado à mãe, porque come 20 vezes ao dia. Claro, é que ainda esta em fase de crescimento...


- "A pessoa que não nos conhece, a princípio se assusta, mas Karan sempre conquista todos com seu sorriso", diz encantada a mãe Svetlana Singh. "Ele é muito alegre e brincalhão e já está aprendendo a andar. Tudo o que ele come lhe dá energias extras, porque é muito forte".

Tanto o pai, Sanjay, que mede quase 2 metros, como Svetlana são médicos da região de Meerut na Índia, e estão orgulhosos do tamanho do pequeno rebento, que pelo andar da carruagem acabara superando a altura do pai e da mãe.


Sanjay diz que o filho é uma benção de um casamento cheio de amor:

- "Foi amor a primeira vista. Eu acreditava que nunca encontraria uma mulher de minha altura, mas assim que vi Svetlana soube que seríamos um casal feliz".


Vamos ter que cuidar de nosso filho, porque pode bater todos os recordes de altura ao ritmo que segue. Provavelmente seja o menino mas alto do mundo... e a este passo seguirá pulverizando registros.

Pobres crianças da creche...

Descolamento prematuro da placenta


O descolamento prematuro da placenta (DPP) é uma patologia obstétrica na qual há ocorre a separação prematura da placenta do seu leito de implantação, habitualmente ocorrendo antes de vinte semanas de gestação.

As causas dessa patologia não foram ainda totalmente elucidadas. Todavia, didaticamente, dividimos as causas da DPP em traumáticas (ou mecânicas) e não-traumáticas.
As etiologias traumáticas são responsáveis por, aproximadamente, 1% dos deslocamentos prematuros da placenta, e podem ser divididas em externas e internas. Dentre as primeiras, os acidentes de trânsito e domésticos os maiores culpados. Já com relação as internas, destacam-se o cordão umbilical curto, escoamento rápido de polidrâmnio, movimentos fetais exacerbados, retração uterina após o parto do primeiro gemelar, hipertonia uterina, entre outras.
Com relação às etiologias não-traumáticas, o aspecto etiológico de maior importância são os denominados fatores predisponentes, como os estados hipertensivos associados a vasculopatias antigas (responsáveis por cerca de 75% dos casos), condição socioeconômica, multiparidade, idade materna avançada, passado obstétrico ruim, caso de DPP em gestação anterior, restrição do crescimento intra-uterino, cesárea prévia, entre outros.
O diagnóstico dessa patologia é exclusivamente clínico, com base no quadro clínico. Normalmente, caracteriza-se por apresentar dor repentina e intensa localizada habitualmente no fundo do útero, com conseguinte perda sanguínea em cerca de 80% dos casos. Durante o exame físico, a paciente tem preferência pelo decúbito lateral homônimo ao lado da implantação placentária. A paciente pode apresentar sinais de estado hipovolêmico, com pressão arterial em níveis normais, devido às alterações presentes.
Com relação à hemorragia, é importante ressaltar que a lesão primária é a vascular, atingindo as arteríolas espiraladas da decídua levando ruptura ou oclusão dos vasos, com conseqüente formação de áreas hemorrágicas no interior da placenta. Essa hemorragia, por sua vez, pode ficar mais profusa, resultando no deslocamento prematuro da placenta.
A hipertonia aparece como um mecanismo reflexo. Há colapso das veias, com significativa diminuição do fluxo; todavia, o arterial, de maior pressão, quase não se altera. Ocorre aumento da pressão intra-uterina, estase sanguínea e ruptura dos vasos útero-placentários, levando a um aumento e agravamento da região de deslocamento.
A concepção do coágulo retroplacentário e as alterações vasculares culminam no aumento progressivo da altura uterina.
O prognóstico dos conceptos que sobrevivem ao DPP não é bom, especialmente pela prematuridade e anóxia, apresentando, com freqüência, seqüelas. Quanto ao prognóstico materno, este é reservado, pois pode haver lesões em múltiplos órgãos, resultantes do choque hipovolêmico e da instalação de coagulopatias.
A coagulopatia pode ser conseqüente do hiperconsumo local, na composição de amplo coágulo retroplacentário, exterminando o fibrinogênio e outros fatores de coagulação do organismo. Outro mecanismo disparador da coagulopatia é a passagem da trombloplastina para a circulação materna, levando a coagulação intravascular disseminada (CID).
Para diagnóstico, pode-se utilizar a ultra-sonografia, capaz de mostrar imagem heterogênea retroplacentária, irregular e com regiões líquidas. A ressonância magnética é outro exame de imagem que pode ser utilizado.
Com relação ao tratamento, um protocolo de revisão recomenda as seguintes medidas: parturição rápida, adequada transfusão sanguínea, adequada analgesia, monitorização da condição materna e avaliação da condição fetal.
A terapêutica profilática enaltece a importância do planejamento familiar e da assistência pré-natal adequada.
A terapêutica curativa engloba o tratamento clínico e obstétrico. É de extrema importância a manutenção da volemia, habitualmente por meio de transfusões de concentrado de glóbulos, com elevada taxa de fatores de coagulação.
Nos dias de hoje, o tratamento obstétrico é estabelecido de acordo com a vitalidade e viabilidade do concepto. Quando se trata de um concepto vivo e viável (especialmente acima de 26 semanas de gestação), impõe-se a resolução imediata do caso. Quando o concepto encontra-se morto ou inviável, recomenda-se aguardar o parto normal por aproximadamente 4 a 6 horas. É realizado, de imediato, a amniotomia, administração de derivados de meperidina e ocitócitos em determinados casos.
A cesárea do concepto morto deve ser feita quando ocorre a parada da evolução da parturição, hemorragia pronunciada e instalação de coagulopatias.


segunda-feira, 4 de março de 2013

Para Pensar...

 
«Se fosse disponibilizada uma nova vacina 

que pudesse prevenir a morte de um milhão de crianças 

ou mais por ano e que, além disso, fosse barata, segura, 

de administração oral e não exigisse uma cadeia de frio, 

esta tornar-se-ia numa prioridade imediata para a saúde pública.

A amamentação pode fazer tudo isso e mais ainda, 

mas precisa da sua própria "cadeia quente" de apoios 

- ou seja, cuidados profissionalizados que permitam às mães 

ganhar confiança e lhes mostrem o que fazer e as protejam de más práticas.»
- Lancet 1994;344:1239-41


«Se desejamos alcançar uma paz real no mundo,

temos de começar pelas crianças.»

                                                   - Gandhi

«Enquanto as crianças ainda são pequenas,

ofereça-lhes raízes profundas;

quando crescerem, dê-lhes asas.»

                                            - Provérbio Indiano
«As crianças aprendem aquilo que vivem
Se uma criança vive na crítica,

aprende a condenar.
Se uma criança vive com maus tratos,

aprende a agredir.
Se uma criança vive humilhada,

aprende a sentir-se culpada.
Se uma criança vive na tolerância,

aprende a ser paciente.
Se uma criança vive no encorajamento,

aprende a ser confiante.
Se uma criança vive com o apreço dos outros,

aprende a valorizar.
Se uma criança vive no equilíbrio,

aprende a ser justa.
Se uma criança vive em segurança,

aprende a ter fé.
Se uma criança é bem aceite,

aprende a respeitar.
Se uma criança vive na amizade,

aprende a encontrar o amor no mundo.»
- Dorothy Law Nolte, em "As crianças aprendem o que vivem"

«Se você está preocupado pelo futuro dos seus filhos num mundo duro,

a melhor preparação que pode dar-lhes é a saúde psicológica,

que só se consegue se são tratados com amor, confiança e respeito.

Os meninos que se sentem confiados, orgulhosos e fortes

têm mais possibilidades de sobreviver

e mesmo de chegar a transformar a nossa sociedade opressiva

do que aqueles que têm sido feridos e humilhados mediante o uso de castigos.»
                                      - Aletha Solter em "Mi niño lo entiende todo"

«O nosso papel como pais não é adestrar os nossos filhos,

como se fossem animais de circo,

mas tratá-los com respeito e integridade,

para que se desenvolva a sua habilidade natural de pensar bem

e de serem eles os seus próprios guias.»
                                       - Aletha Solter em "Mi niño lo entiende todo"


«Uma infância feliz é um tesouro que dura para sempre,

que ninguém poderá nunca roubar.

A infância do seu filho está agora nas suas mãos.»
                                    - Carlos González, autor de "Mi niño no me come" e "Bésame mucho"

«Quando amamos alguma coisa, ela tem valor para nós,

e quando algo tem valor para nós gostamos de passar tempo a tê-lo connosco,

a apreciá-lo e a tratá-lo.

Observe-se um adolescente apaixonado pelo seu carro

e repare-se  no tempo que ele gasta a admira-lo,

a poli-lo, repará-lo e afiná-lo.

Ou uma pessoa mais velha com um roseiral amado,

e o tempo passado a podar, a adubar, a fertilizar e a estudá-lo.

Assim é quando amamos as crianças;

passamos tempo a admirá-las e a tratar delas.

Damos-lhes o nosso tempo.»
                            - Scott Peck em “O caminho menos percorrido”

«O facto de estarmos excessivamente ocupados com as tarefas do quotidiano,

com a roupa para lavar, com a casa para limpar, com a comida para fazer,

com todos os deveres que temos...

faz-nos por vezes esquecer a que ponto viver com os nossos filhos nos torna felizes.

Todos os pais o dizem, a infância passa depressa, demasiado depressa.

Não falhemos o nosso encontro com ela!

Será sempre possível arranjar a casa mais tarde, quando eles tiverem partido

e as nossas quatro paredes parecerem bem vazias, sem gritos e risos...»
- Isabelle Filliozat em "No coração das emoções das crianças"

«Ser pai ou mãe com sucesso implica um trabalho duro.

Cuidar de um bebé, ou de uma criança que começa a caminhar,

é um trabalho de 24 horas diárias, durante os sete dias da semana...

Actualmente, para as pessoas esta é uma verdade desagradável.

Dedicar tempo e atenção às crianças significa sacrificar outros interesses e actividades...

Diversos estudos indicam que os adolescentes e adultos jovens, saudáveis,

felizes e seguros de si mesmos são o produto de lares estáveis,

em que ambos os progenitores dedicam grande quantidade de tempo e atenção aos filhos...

Por razões políticas e económicas diversas a sociedade não proporciona aos pais esta possibilidade.»
                                - John Bowlby em "A Secure Base"

 
«Para corresponder às necessidades dos nossos filhos, temos que mudar.

Só quando nos dispomos a passar pelo sofrimento dessa mudança,

podemos tornar-nos os pais de que os nossos filhos precisam.

E como os filhos crescem constantemente e as suas necessidades vão mudando,

somos obrigados a mudar e a crescer com eles.

E, como em todas as outras circunstancias do amor,

seria incorrecto encarar o sofrimento e a mudança decorrentes do papel de pais

como uma espécie de sacrifício ou martírio;

pelo contrário, os pais têm mais  a ganhar com o processo do que os filhos.

Os pais que não estão dispostos a arriscar-se ao sofrimento de mudar,

desenvolver-se e aprender com os filhos, escolhem o caminho da senilidade

– quer o saibam, quer não – e os filhos e o mundo deixá-los-ão ficar bem para trás.

Aprender com os filhos é a melhor oportunidade que a maior parte das pessoas tem

de assegurar uma velhice bem vivida.»
                                - Scott Peck em “O caminho menos percorrido”

Os Filhos
Os vossos filhos não são vossos filhos.

São filhos e filhas da Vida que anseia por si mesma.

Eles vêm através de vós mas não de vós.

E embora estejam convosco não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos,

pois eles têm os seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas.

Pois as suas almas vivem na casa do amanhã,

que não podereis visitar, nem em sonhos.

Podereis tentar ser como eles, mas não tenteis torná-los como vós.

Pois a vida não anda para trás nem se detém no ontem.

Vós sois os arcos de onde os vossos filhos,

quais flechas vivas, serão lançados.

O Arqueiro vê o sinal no caminho do infinito

e Ele com o Seu poder faz com que as Suas flechas partam rápidas e cheguem longe.

Que a vossa inflexão na mão do Arqueiro seja para a alegria;

Pois assim como Ele ama a flecha que voa,

Também ama o arco que se mantém estável.
 - Khalil Gibran em "O Profeta"

«Ser progenitor é uma ocupação a tempo inteiro,

que tem de ser assegurada durante as 24 horas do dia.

Alguns têm um intervalo de 8 ou 10 horas quando vão trabalhar,

mas quando regressam a casa reencontram a sua tarefa.

De qualquer maneira, é repousante ir para o escritório,

onde se é reconhecido, considerado,

onde se está entre adultos sem gritos, choros ou lutas...

Pode-se respirar um pouco.

As mães que ficam em casa não têm esse espaço para se evadirem e para se recarregarem.

Porque não há dúvida que o trabalho é frequentemente restaurador,

salvo se não for escolhido. No exercício da profissão sentimo-nos competentes, valorizados,

nem que seja graças às discussões com os colegas...

E mesmo quando o trabalho em si mesmo não é apaixonante,

não deixa de proporcionar ocasiões de trocas e de contactos com outras pessoas.»
- Isabelle Filliozat em "No coração das emoções das crianças"

«Cada uma de nós, mães, tem de aprender também a fazer de mãe de si própria,

senão não poderemos ser boas mães para os nossos filhos.

Sacrificar-se não é um caminho saudável para a maternidade,

apesar de termos sido ensinadas a fazê-lo durante anos

e tenhamos com frequência assistido ao martírio das nossas mães.

Fazer de mãe de nós próprias exige muita coragem

e insisto em que tente, pela sua saúde.»
- Christiane Northrup em "Corpo de Mulher, sabedoria de Mulher"

«Muitas mulheres não querem amamentar.

A única resposta que lhes oferecem é o biberão!

Sob a capa da liberdade e com a finalidade, em principio honrosa,

de "não culpabilizar as mães que não querem dar de mamar",

"respeita-se" a sua não-vontade com um zelo um pouco equívoco.

Nunca são verdadeiramente ouvidas nas suas dúvidas, nas suas angústias,

nas suas representações mentais inconscientes, nos seus fantasmas,

nunca se procura entender as suas motivações profundas...»