Dieta equilibrada garante vida saudável à gestante e ao bebê
Com
a gravidez em evidência, aumentam dicas de alimentação, mas alguns
cuidados são fundamentais para garantir a saúde do bebê.
Em
uma época em que a gravidez parece ter virado moda no mundo dos
famosos, as preocupações das futuras mamães, principalmente as de
primeira viagem, sobre os riscos desse período tão especial vêm à
tona. Qual a importância, tanto para a mãe quanto para o bebê, de uma
alimentação de qualidade? O que consumir para que todas as necessidades
alimentares sejam atendidas? Quais são as quantidades adequadas? Quais
alimentos devem ser evitados?
Constantemente diversos
mitos relacionados a alimentação durante a gravidez são abordados na
mídia, porém é preciso cautela para escolher a dieta correta e não
prejudicar o desenvolvimento do feto. Segundo Dr. Durval Ribas Filho,
médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia
(ABRAN), uma boa alimentação durante a gestação previne a mãe de
patologias que podem aparecer a longo prazo. “Cientificamente sabe-se
que muitas doenças crônico-degenerativas se iniciam no interior do
útero. Existe um termo médico chamado programming que mostra
evidências clinicas da desnutrição ou da super-alimentação durante o
período gestacional, gerando doenças no adulto”, afirma.
O
consumo de calorias, vitaminas e minerais deve ser maior entre as
mulheres grávidas. Para que o peso não ultrapasse a normalidade, o
acréscimo de energia deve ser de apenas 300 Kcal diárias (na média), o
que corresponde a dois copos de leite desnatado. "Durante a gestação é
preciso encontrar um equilíbrio. Alimentos que são fontes de açúcar,
bem como óleos e gorduras, devem ser ingeridos moderadamente. O excesso
de sal e de alimentos indigestos como pepino, pimentão, melancia,
pimenta, entre outros, devem se evitados. Café e bebidas alcoólicas
também não devem ser consumidos", ressalta o médico nutrólogo.
Para
que esse aumento de calorias seja atingido, a gestante deve fazer de
seis a oito refeições por dia, dando preferência ao consumo de frutas,
legumes e verduras, de acordo com o presidente da ABRAN. Um jejum
prolongado favorece a formação de corpos cetônicos, as substâncias
químicas produzidas pela decomposição das gorduras, quando constituem o
único substrato energético da gestante e que pode causar efeitos
deletérios para o feto.
No período de formação do bebê, o
corpo da mãe utiliza uma parte de líquidos e energia oriundos da
alimentação que ajudam no crescimento e na manutenção dos artifícios
que protegem o feto, como a placenta e o líquido amniótico. A outra
parte da energia fica retida em forma de gordura, localizando-se no
abdômen, costas e coxas, sendo utilizada no decorrer da gravidez e do
aleitamento. Porém, caso haja um exagero no consumo de calorias, a
energia ficará armazenada como gordura localizada.
"A
gestante não deve nem pensar em perder peso por estar insatisfeita com
os quilinhos a mais, já que as deficiências nutricionais podem
interferir na formação e no crescimento do bebê. Todas as vitaminas
são importantes no período em que o feto está em desenvolvimento. O
ácido fólico, o ferro e o cálcio, por exemplo, são elementos
fundamentais para que a gravidez ocorra normalmente”, conclui Dr.
Ribas
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